O governo russo declarou, nesta terça-feira (18), durante conversas na Arábia Saudita, que o presidente Vladimir Putin está comprometido com a negociação de um acordo para encerrar a guerra na Ucrânia, e que prefere alcançar seus objetivos de forma pacífica. Desde o início do conflito, Putin afirmou estar disposto a discutir uma resolução que reflita a situação no terreno, onde as forças russas controlam uma parte significativa do território ucraniano. Contudo, a comunidade internacional, incluindo líderes europeus e os Estados Unidos, expressa ceticismo quanto à sinceridade das intenções de Putin.
Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, reiterou que a Rússia ainda busca atingir seus objetivos, preferindo métodos pacíficos, mas destacou que não há previsões sobre uma possível reunião entre Putin e Donald Trump, mesmo com as negociações em andamento na Arábia Saudita. A Rússia também considera que qualquer acordo com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky deve levar em conta a situação política da Ucrânia, uma vez que Zelensky se manteve no poder além de seu mandato devido à lei marcial imposta no país.
Além disso, a Rússia afirmou que a adesão da Ucrânia à União Europeia é um direito soberano da nação, mas se opõe à possibilidade de adesão do país à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), considerando tal aliança uma ameaça à sua segurança. Enquanto as negociações continuam, a posição da Rússia permanece centrada em preservar seus interesses estratégicos na região.