Em Goiás, o cenário político para as eleições de 2026 começa a se desenhar com disputas internas em diversos partidos, destacando a influência do atual governo e a ascensão de novas lideranças. O Partido Liberal (PL) se destaca pela busca de alinhamentos internos, com divisões entre uma ala mais ideológica e outra mais pragmática. A maior figura desse movimento é a disputa por quem ocupará as candidaturas ao Senado e ao governo, com figuras como Fred Rodrigues e Vitor Hugo se destacando na disputa interna. O PL tenta se posicionar como uma alternativa ao poder local consolidado pelo governador Ronaldo Caiado, que também lidera a base aliada no União Brasil (UB) e outros partidos como MDB e PP.
Por outro lado, a base de Caiado enfrenta o desafio de manter a unidade entre seus aliados, já que ele estará fora do governo para disputar a presidência. A movimentação política na base inclui o surgimento de candidatos como Gracinha Caiado, Gustavo Mendanha e Alexandre Baldy para o Senado. A aliança entre UB, MDB e PP tende a ser uma das mais fortes, mas o maior desafio é acomodar as ambições de diversos nomes dentro de um espaço político cada vez mais estreito. As articulações para garantir a candidatura de Daniel Vilela ao governo e outros membros da base indicam que a disputa será intensa, principalmente na disputa por vagas no Senado.
No campo da oposição, o PT tenta superar desafios locais, enfrentando a falta de pragmatismo para construir alianças e buscando reforçar sua presença no Legislativo. Nomes como Fabrício Rosa e outros líderes do partido defendem uma candidatura própria para o Senado e outras posições, enquanto consideram as opções de alianças com siglas como PSD e PSOL. A disputa por um espaço político alternativo à base governista também se desenha com o possível surgimento de uma “quarta via”, liderada por figuras como Marconi Perillo ou Vanderlan Cardoso, que poderiam atrair eleitores insatisfeitos com a polarização entre PL e Caiadismo. As movimentações e reformas internas são intensas, enquanto as promessas de crescimento do estado dependem de estratégias fiscais que devem ser discutidas à medida que as eleições se aproximam.