Em 2024, Roraima foi severamente afetado pelo calor extremo, com sete de seus 15 municípios enfrentando mais de três meses de temperaturas entre 39°C e 40°C. Rorainópolis foi o município mais impactado, com 109 dias de calor intenso, seguido por Caracaraí com 104 dias. A capital Boa Vista e outras cidades como São Luiz e São João da Baliza também registraram longos períodos de calor extremo. Além disso, a seca histórica no estado, agravada pelo fenômeno El Niño, gerou impactos significativos na região Norte do Brasil, com rios secando e diversas populações isoladas.
A seca foi acompanhada por um aumento nos incêndios florestais, que destruíram vegetação e afetaram a vida de animais e moradores locais. Em fevereiro de 2024, o estado registrou o maior número de queimadas dos últimos 25 anos, com 2057 focos de calor. Isso representou 30% de todos os incêndios no Brasil, com a seca e as queimadas como principais causas. O fenômeno El Niño contribuiu para o aquecimento global, tornando 2024 o ano mais quente da história, e sua influência foi particularmente intensa em Roraima e em outras áreas do Norte.
O levantamento do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres (Cemaden) utilizou dados de satélite para calcular os dias de calor extremo em todo o Brasil, afetando mais de 6 milhões de pessoas, especialmente na região Norte. Em Roraima, a situação foi exacerbada pela falta de chuva e altas temperaturas, afetando o meio ambiente e as condições de vida local. Além dos incêndios, o ano foi marcado por uma seca severa, considerada uma das piores da história do país, deixando consequências profundas para a população e a biodiversidade local.