Nos últimos anos, o garimpo ilegal no Amapá tem aumentado significativamente, com destaque para a extração ilegal de duas toneladas de ouro, resultando em um prejuízo de R$ 642 milhões. Recentemente, um rompimento de barragem em uma dessas operações causou sérios danos ambientais. A estrutura, que armazenava rejeitos de mineração como lama, argila e areia, cedeu, liberando os dejetos no Rio Cupixi, afetando comunidades locais. A água do rio, que antes era cristalina, passou a apresentar uma coloração alarmante, gerando preocupação entre os moradores.
Após o acidente, as autoridades estaduais montaram uma força-tarefa para avaliar o impacto ambiental e a contaminação da água. A Secretaria de Meio Ambiente está conduzindo testes para detectar a presença de metais pesados e outras substâncias nocivas. A área afetada pelos rejeitos se estende por igarapés e pode alcançar o Rio Araguari, um dos maiores rios da região. A Polícia Civil também iniciou uma investigação para apurar a responsabilidade pelo ocorrido e identificar os responsáveis pela operação ilegal.
O governo do Amapá tem buscado apoio de diversas instâncias para mitigar os danos. A concessionária de água do estado já deslocou suas captativas para áreas não afetadas, enquanto o Ministério da Integração foi acionado para enviar recursos e suprimentos às populações locais. O incidente destaca a necessidade urgente de fiscalização mais eficaz e de políticas públicas para combater o garimpo ilegal e suas consequências ambientais e sociais.