As autoridades da Romênia iniciaram uma investigação criminal contra um ex-candidato ultradireitista à presidência, após o cancelamento de uma eleição marcada por alegações de interferência externa. O pleito, realizado no final do ano anterior, foi anulado devido a suspeitas de envolvimento de potências estrangeiras, em particular da Rússia. O candidato em questão, que expressou críticas ao Ocidente e à OTAN, enfrenta agora acusações que incluem promoção de discursos de ódio, antissemitismo e formação de grupos criminosos. Durante a investigação, foram realizadas buscas em endereços ligados ao ex-candidato e seus associados, resultando na apreensão de armas e dinheiro.
Além das acusações formais, a investigação também está relacionada à organização e à propaganda de ideais fascistas, o que é proibido pela legislação do país. A situação gerou controvérsia, com apoiadores do ex-candidato protestando nas ruas e acusando as autoridades de manipulação política. A resposta do governo romeno se deu após a constatação de diversas irregularidades, incluindo financiamento de campanha suspeito e discurso de ódio. Em meio à tensão, um grupo de manifestantes ultranacionalistas também fez críticas à anulação da eleição, refletindo a polarização crescente na política do país.
A prisão temporária do ex-candidato e o impacto das investigações sobre sua possibilidade de se candidatar novamente às eleições de maio são temas centrais de debate tanto dentro quanto fora da Romênia. Críticos internacionais, incluindo figuras dos Estados Unidos, expressaram preocupações sobre a condução do processo eleitoral no país, acusando a Romênia de não respeitar os princípios democráticos. Embora o ex-candidato continue sendo popular nas pesquisas eleitorais, a situação ainda é incerta quanto à sua participação na próxima eleição presidencial.