As ligações automáticas, também conhecidas como robocalls, são realizadas em massa por sistemas automatizados, com o objetivo de conectar consumidores a atendentes de call centers. No entanto, muitas dessas ligações não têm um atendente disponível, resultando em chamadas sem resposta ou desligadas rapidamente. Empresas de telesserviços costumam empregar esse método para otimizar o tempo de seus atendentes e testar a validade de números de telefone, aprimorando suas listas de contato. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) alerta que essas chamadas podem ser abusivas quando em volume excessivo ou realizadas em tempos muito curtos.
A Anatel também destaca mudanças nas regras, que agora consideram abusivas as chamadas interrompidas antes de seis segundos, um aumento em relação ao limite anterior de três segundos. Esse tipo de ligação massiva não só causa incômodos aos consumidores, mas também sobrecarrega as redes de telecomunicações, prejudicando a qualidade do serviço. Em alguns casos, ligações de robôs chegaram a representar mais de 90% das chamadas nas redes de algumas operadoras.
Para evitar essas ligações, a Anatel recomenda o uso de plataformas como “Não Me Perturbe”, que permite o bloqueio de chamadas de empresas específicas. Além disso, a plataforma “Qual Empresa Me Ligou” pode ser utilizada para identificar a origem de chamadas indesejadas. Ambas as ferramentas são gratuitas e visam proporcionar mais controle aos consumidores sobre os contatos recebidos, com um prazo de até 30 dias para efetivar os bloqueios solicitados.
