Um painel de 14 especialistas internacionais revisou o caso de uma enfermeira condenada pelo assassinato de sete bebês e pelas tentativas de matar outros. O grupo, após analisar registros médicos, concluiu que a causa das mortes poderia estar ligada a falhas nos cuidados médicos prestados, como a falta de pessoal qualificado e erros em procedimentos médicos essenciais. De acordo com os especialistas, o hospital onde os bebês foram tratados enfrentava problemas de infraestrutura e de treinamento de profissionais, fatores que poderiam ter contribuído para os óbitos.
Os especialistas contestaram as evidências usadas para condenar a enfermeira, apontando que, em vez de um ato criminoso deliberado, as mortes foram provocadas por condições inadequadas de atendimento. O neonatologista Shoo Lee, um dos integrantes do painel, afirmou que as mortes podem ser explicadas por falhas médicas e causas naturais, desafiando as conclusões da acusação. Além disso, o painel criticou a interpretação de alguns diagnósticos feitos durante o julgamento, especialmente em relação a casos de embolia de ar, considerada uma hipótese rara e mal aplicada ao caso.
Enquanto a revisão científica lança dúvidas sobre a condenação, a defesa da enfermeira argumenta que as novas evidências podem levar à reavaliação do caso, com a possibilidade de uma nova tentativa de apelação. Uma investigação pública sobre as falhas do hospital, que não está diretamente ligada à revisão do julgamento, deve ser concluída em breve, mas ainda não se sabe se influenciará a sentença.