Os jornais europeus destacaram, nesta terça-feira, a reunião de emergência realizada em Paris, em resposta aos recentes desdobramentos diplomáticos causados pelos Estados Unidos, que excluíram a Europa e a Ucrânia das negociações de cessar-fogo. A ausência de uma posição comum entre os líderes sobre como encerrar a guerra na Ucrânia e os desafios de segurança na região geraram fortes discussões. A situação refletiu a crescente percepção de que os Estados Unidos não devem ser vistos como a principal garantia de segurança para a Europa.
A reunião em Paris ocorreu em um contexto tenso, um dia antes de diplomatas dos Estados Unidos e da Rússia se encontrarem na Arábia Saudita para dialogar sobre o fim do conflito. Contudo, o encontro europeu não conseguiu alcançar um consenso sobre pontos essenciais, como a possibilidade de enviar uma força de paz europeia à Ucrânia. As divergências entre os líderes ficaram evidentes, especialmente em relação ao papel da Europa nas negociações de paz e nas questões de defesa.
O encontro de Paris também ressaltou a divisão interna entre os países da União Europeia sobre a estratégia de defesa, com alguns defendendo um envolvimento mais ativo e outros priorizando a redução de gastos militares. Esse cenário expôs as dificuldades em estabelecer uma postura unificada frente ao conflito, enquanto a pressão sobre os líderes europeus cresce para encontrar soluções que garantam a segurança e estabilidade no continente.