A Tailândia está organizando a repatriação de cerca de 7 mil pessoas que foram resgatadas de fábricas de fraudes online em Mianmar, vítimas de tráfico humano. A maioria dessas vítimas, aproximadamente 5 mil, são de nacionalidade chinesa, enquanto outras 2 mil vêm de diferentes países, incluindo o Brasil. Essas pessoas foram atraídas por falsas ofertas de emprego e, ao chegarem ao local, foram forçadas a participar de atividades fraudulentas na internet. O resgate ocorreu em operações de combate ao tráfico humano na região da fronteira entre Mianmar e Tailândia.
Entre as vítimas resgatadas estão pessoas que passaram por condições extremamente precárias e sofreram diversas formas de abuso, incluindo tortura e ameaças, enquanto eram forçadas a cometer fraudes virtuais. O processo de repatriação das vítimas inclui uma triagem cuidadosa, após o que serão encaminhadas às suas embaixadas. Estima-se que cerca de 120 mil pessoas possam estar envolvidas neste tipo de exploração em Mianmar, muitas delas de nacionalidade chinesa.
As autoridades internacionais têm pressionado por medidas mais eficazes no combate ao tráfico humano, especialmente em relação a crimes transnacionais como este. A repatriação das vítimas resgatadas é uma resposta a essa pressão crescente, e os esforços estão sendo coordenados para garantir a segurança e o retorno adequado de todos os envolvidos. O processo visa não apenas aliviar as condições precárias das vítimas, mas também enfraquecer as redes criminosas que operam nesse tipo de tráfico.