O Serviço de Inteligência Estrangeira da Estônia, em seu relatório anual de segurança externa, revelou que a China tem facilitado a produção de drones militares russos, contrabandeando componentes de alta tecnologia provenientes do Ocidente. De acordo com o relatório, cerca de 60% das peças estrangeiras encontradas em armas russas na Ucrânia foram originárias da China, o que destaca o papel crucial do país asiático no apoio à Rússia, especialmente diante das sanções internacionais.
A análise aponta que a China tem sido um parceiro essencial para a Rússia, ajudando a contornar as restrições impostas pelo Ocidente. Essa colaboração envolve a importação de bens de alta tecnologia, com o objetivo de fortalecer as capacidades militares russas sem que isso viole diretamente as sanções. Esse comportamento reflete os esforços da China em apoiar a Rússia na guerra na Ucrânia, considerando o contexto geopolítico em que ambos os países buscam uma maior autonomia frente às potências ocidentais.
Embora o relatório indique que a ameaça de um ataque direto à Estônia em 2025 é improvável, ele reforça a postura hostil da Rússia em relação ao país e a continuidade do seu confronto com o Ocidente. Kaupo Rosin, diretor-geral do Serviço de Inteligência da Estônia, enfatizou que o interesse chinês no conflito é impedir uma derrota russa, o que representaria uma vitória estratégica para os Estados Unidos, principal adversário da China.