No final de semana, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, esteve no Panamá para pressionar o país sobre a administração do Canal e suas relações com a China. Durante sua visita, ele reafirmou a posição dos EUA de que o canal não deveria estar sob influência chinesa, destacando que a concessão do controle do canal ao Panamá, em 1977, deveria ser respeitada como uma decisão soberana.
A visita ocorre em meio a preocupações políticas geradas por declarações feitas anteriormente por Donald Trump, em seu discurso de posse, nas quais ele afirmou que o Panamá havia descumprido promessas feitas aos Estados Unidos, especialmente no que diz respeito ao gerenciamento do canal. Para muitos panamenhos, essas declarações causaram alarme, considerando o histórico de controle norte-americano sobre o Canal até a devolução ao Panamá.
A pressão sobre o Panamá em relação ao seu vínculo com a China, em particular, reflete uma crescente tensão nas relações geopolíticas da região. Embora o controle do canal tenha sido passado ao Panamá há décadas, a influência externa, especialmente a chinesa, tem se tornado uma questão sensível para Washington, que vê a presença chinesa como uma ameaça à sua influência na América Latina.