A autora compartilha seus sentimentos de medo, vergonha e culpa em relação à sua relação com sua mãe, revelando que, recentemente, um período de isolamento devido a questões de saúde proporcionou clareza sobre o quanto ela se sente aliviada pela ausência da mãe. Embora sua mãe tenha demonstrado simpatia em relação à sua doença, a autora percebeu que a situação afetou mais sua mãe do que ela própria, o que despertou sentimentos de desconforto.
Desde a infância, a autora tem assumido o papel de cuidadora emocional da mãe, esperando que, com o tempo, ela pudesse oferecer o apoio que tanto precisa. Contudo, apesar de ter buscado terapia para entender a necessidade de estabelecer limites, suas tentativas de implementação desses limites foram recebidas com resistência e manipulação. Embora a mãe enfrente desafios relacionados à saúde mental e traumas passados, isso não impede que a autora se sinta sobrecarregada, não recebendo o apoio esperado.
O distanciamento temporário ajudou a autora a perceber que sua idealização de uma relação harmônica entre mãe e filha talvez nunca se concretize, e que reconectar-se com a mãe gera nela sentimentos de ansiedade. A autora expressa um amor genuíno, mas ao mesmo tempo se vê presa em um ciclo constante de culpa e frustração, que dificulta qualquer tentativa de resolução emocional.