O Reino Unido investe £11,7 bilhões por ano no cuidado de pacientes terminais, predominantemente em hospitais, mesmo que a maioria desses pacientes prefira morrer em casa ou em um hospice. Segundo um relatório da organização de caridade Marie Curie, essa disparidade está privando milhares de pessoas da oportunidade de passar seus últimos momentos de vida no ambiente que desejam, o que levanta preocupações sobre a qualidade do cuidado no final da vida.
O estudo revela que, em todo o Reino Unido, o gasto anual total com saúde, cuidados sociais e benefícios de bem-estar para pessoas que morrerão dentro de 12 meses chega a £22 bilhões. A grande parte desse valor é direcionada para os cuidados hospitalares, embora alternativas mais humanizadas e adequadas, como os hospices e o atendimento domiciliar, sejam mais desejadas por muitos dos pacientes terminais.
Essa situação gera um debate sobre a alocação de recursos e a necessidade de reformar o sistema de cuidados para dar maior ênfase a cuidados paliativos fora do ambiente hospitalar, que possam proporcionar um final de vida mais digno e de acordo com a vontade dos pacientes. O relatório da Marie Curie alerta para a urgência de um ajuste no modelo de atendimento, visando maior conforto e respeito às preferências dos pacientes terminais.