A região de Ribeirão Preto e Franca, em São Paulo, vivenciou um dos verões mais intensos da sua história em 2024, com temperaturas extremas que afetaram a saúde pública e a economia local. Bebedouro foi a cidade mais impactada, com 162 dias de calor acima da média, e outras cidades como Taquaral e Pitangueiras também registraram períodos prolongados de altas temperaturas. No total, 111 cidades brasileiras enfrentaram mais de cinco meses de calor intenso, com destaque para o estado do Pará. O clima extremo, resultado de sucessivas ondas de calor, afetou não só a saúde humana, com aumento de doenças cardiovasculares e respiratórias, mas também o consumo de energia e a agricultura, prejudicando culturas como o café e os cítricos.
Além do calor, a região de Ribeirão Preto enfrentou a pior seca de sua história e uma série de incêndios florestais devastadores. A falta de chuvas e o aumento da temperatura contribuem para a intensificação desses incêndios, que resultaram em danos ao meio ambiente, à infraestrutura e à qualidade do ar, colocando em risco a saúde da população. A fumaça dos incêndios gerou picos de poluição e a redução da visibilidade em várias cidades, enquanto a situação dos serviços públicos, como abastecimento de água e energia, se deteriorou. A situação foi exacerbada pelo desmatamento e pela urbanização, que aumentaram ainda mais o calor nas áreas afetadas.
Embora 2024 tenha sido um ano recorde de temperaturas extremas, espera-se que 2025 seja um ano menos severo devido ao fenômeno de La Niña, que pode trazer algum alívio. No entanto, a tendência de aumento das temperaturas globais continua a ser uma preocupação, com previsões de que ondas de calor cada vez mais frequentes afetem diversas regiões do mundo. Para reverter esse cenário, especialistas apontam a redução dos gases de efeito estufa e práticas sustentáveis como medidas essenciais, embora a recuperação total do clima dependa de ações globais a longo prazo.