O presidente Luiz Inácio Lula da Silva planeja realizar uma reforma ministerial de maneira gradual, com a primeira fase focada em mudanças no entorno do Palácio do Planalto. Esta etapa inclui ajustes nas Secretarias de Comunicação e de Relações Institucionais, com a possibilidade de novas nomeações nos próximos meses. A reforma deve ser concluída antes do Carnaval, com destaque para a possível substituição de ministros como Márcio Macêdo e Nísia Trindade.
Na segunda fase, a reforma se concentrará nas pastas ocupadas por membros do PT, como os Ministérios das Mulheres, do Desenvolvimento Agrário e do Desenvolvimento Social. A movimentação também envolve a possível redistribuição de ministérios ao Centrão, caso a articulação política seja favorável. O Ministério das Relações Institucionais, em particular, está sendo analisado para acolher novos nomes do partido, com algumas possibilidades de movimentações internas.
Por fim, a terceira fase da reforma incluirá as pastas dos partidos aliados, como Agricultura, Pesca e Desenvolvimento, Indústria e Comércio. O Ministério da Agricultura é especialmente cobiçado por membros do Centrão, com especulações sobre a indicação de figuras proeminentes. No entanto, essas mudanças só ocorrerão com o consentimento dos partidos envolvidos. A reforma, que é considerada prioritária por alguns aliados, deve acontecer em um ritmo mais acelerado, mas alguns cargos-chave, como os de Rui Costa e Alexandre Silveira, são vistos como imexíveis no momento.