Reform, o mais recente partido político de Nigel Farage, tem apresentado um crescimento significativo nas pesquisas, alcançando o primeiro lugar em alguns levantamentos e gerando desconforto entre os membros do Partido Trabalhista. O crescimento do partido tem chamado a atenção, não apenas pela sua ascensão nas intenções de voto, mas também pela durabilidade dessa tendência. Ao contrário de surtos anteriores de popularidade, que estavam ligados a eventos específicos, como as eleições para o Parlamento Europeu ou o referendo sobre o Brexit, o atual aumento nas pesquisas parece ser mais consistente e sem sinais de retroceder.
O partido tem conquistado cerca de 25% das intenções de voto, um resultado que supera o desempenho anterior de outros movimentos liderados por Farage, como o Ukip e o Partido do Brexit. Essa nova onda de apoio não é considerada passageira, mas sim um fenômeno com bases mais sólidas, o que tem gerado preocupações tanto no Partido Trabalhista quanto no Partido Conservador, que veem seu eleitorado sendo atraído por essa nova proposta política.
Apesar de ser uma ameaça mais duradoura e estável, o crescimento do Reform também apresenta riscos significativos para o sistema político tradicional do Reino Unido. O fortalecimento do partido de Farage pode alterar as dinâmicas políticas existentes e provocar uma reconfiguração no cenário eleitoral, especialmente se continuar a atrair uma fatia significativa do eleitorado que antes estava alinhada com as grandes siglas do país. A situação tem deixado os partidos tradicionais alertas e buscando maneiras de responder a essa nova realidade.