Neste sábado (22), seis reféns israelenses foram libertados pelo grupo Hamas, como parte do acordo de cessar-fogo em vigor desde 19 de janeiro. A entrega dos reféns ocorreu em três etapas ao longo do dia: os dois primeiros, Tal Shoham e Avera Mengisto, foram entregues à Cruz Vermelha na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, enquanto os outros três, Omer Shem, Eliya Cohen e Omer Wenkert, foram liberados em Nuseirat. O último refém, Hisham Al-Sayed, foi entregue pouco antes das 10h no horário de Brasília, mas sem cerimônias, e a localização exata de sua entrega ainda não foi confirmada.
A libertação dos seis israelenses foi realizada em troca da liberação de 602 prisioneiros palestinos, conforme estipulado pelo acordo. Os reféns libertados haviam sido capturados durante o ataque a Israel em outubro de 2023, com exceção de Al-Sayed e Mengisto, que estavam em cativeiro há cerca de uma década, em circunstâncias não detalhadas. Apesar das tensões e desacordos entre as partes, o acordo de troca foi mantido, mesmo com questões envolvendo a identificação de corpos e acusações sobre o descumprimento do cessar-fogo.
Além da libertação dos reféns, uma nova controvérsia surgiu com a identificação de um corpo entregue pelo Hamas na sexta-feira (21). Inicialmente, o corpo foi erroneamente identificado como sendo de uma refém sequestrada em outubro de 2023. No entanto, investigações posteriores confirmaram que os restos mortais não pertenciam a nenhum dos reféns israelenses, gerando críticas de Israel ao Hamas. O governo israelense, apesar da situação, manteve o cessar-fogo em vigor, mas prometeu represálias caso o grupo não devolvesse o corpo correto.