A Receita Federal vem utilizando as redes sociais dos contribuintes como uma ferramenta de fiscalização há vários anos, visando identificar indícios de sonegação de impostos. Em 2024, a omissão de rendimentos foi um dos principais motivos que levaram contribuintes à malha fina do Leão, sendo responsável por quase 30% das declarações que caíram na fiscalização. A presença crescente de ostentação nas redes sociais, com publicações sobre bens de luxo, viagens e outros itens de alto valor, tem sido um dos fatores observados pela Receita Federal, que usa tecnologias como supercomputadores e inteligência artificial para cruzar dados financeiros com informações públicas.
Além das redes sociais, a Receita Federal realiza diversos outros tipos de cruzamentos de dados, como movimentações financeiras, despesas com saúde e educação, e até mesmo informações sobre bens e imóveis. O órgão possui mais de 160 filtros de checagem, que incluem dados relacionados a rendimentos, cartões de crédito, aluguéis e criptoativos. Esses cruzamentos têm como objetivo garantir que as declarações do Imposto de Renda correspondam com a realidade financeira dos contribuintes, evitando a sonegação de impostos.
A tecnologia permite à Receita Federal identificar discrepâncias entre o que é declarado e o que é observado nas redes sociais, como viagens internacionais e posses de bens de luxo. Para 2024, o prazo para o envio da declaração de Imposto de Renda será de 15 de março a 31 de maio, com a recomendação de que os contribuintes preparem toda a documentação com antecedência. A fiscalização mais rigorosa e o uso de inteligência artificial têm tornado o processo de verificação mais eficiente, minimizando a possibilidade de erro e aumentando a precisão das investigações.