O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado Pedro Lupion, comentou sobre o impacto da recente decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 25% sobre as importações de aço e alumínio. Lupion expressou a expectativa de que o Brasil também seja afetado com possíveis taxações sobre produtos agropecuários, o que poderia abrir novas oportunidades de negociação com países da Ásia e do Oriente Médio. Contudo, ele alertou que esse movimento pode trazer benefícios para a China e prejudicar o Brasil, aguardando um posicionamento mais claro de Trump em relação ao setor.
Em contraponto, o ministro Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, afirmou que o agronegócio brasileiro não deve ser impactado diretamente pela taxação de Trump. Segundo Teixeira, a substituição dos produtos agropecuários, como soja, milho e algodão, seria difícil para os Estados Unidos, que já estão implementando tarifas sobre outras nações. Ele acredita que, apesar dos desafios econômicos, o setor agropecuário brasileiro continuará competitivo no mercado global.
A medida de Trump, que visa proteger a indústria siderúrgica dos EUA, pode afetar a economia brasileira, já que os Estados Unidos são um dos principais destinos das exportações de ferro, aço e alumínio do Brasil. Em 2024, o Brasil exportou US$ 6,37 bilhões em produtos desse setor para os EUA, que representam uma parte significativa das exportações brasileiras. Essa situação levanta preocupações sobre os impactos econômicos, enquanto o Brasil busca estratégias para manter sua posição no comércio global.