A produção de energia da China está enfrentando um dilema entre a continuidade do uso do carvão e o avanço das energias renováveis. Uma análise recente realizada pelos think tanks Global Energy Monitor e Centro de Pesquisa em Energia e Ar Limpo (CREA) aponta que, apesar do progresso significativo nas fontes de energia limpa, o governo chinês ainda está comprometido com o uso do carvão, o que dificulta o avanço das energias renováveis.
O estudo, que abrange a produção de energia da China em 2024, revela que a aprovação contínua de projetos de usinas termelétricas a carvão está retardando a transição para uma matriz energética mais limpa. A pesquisa destaca que a China continua a priorizar o carvão como fonte de energia, apesar de seu enorme impulso no setor de energias renováveis, como a solar e a eólica.
O cenário mostra que, embora a China tenha feito progressos notáveis na produção de energia limpa, as políticas atuais ainda favorecem a manutenção de quotas mínimas de compra de carvão, o que limita o impacto das fontes renováveis. Esse conflito entre carvão e renováveis coloca em risco as metas climáticas do país, que necessitam de um equilíbrio entre a expansão das energias limpas e a redução da dependência do carvão.