A queda nas vendas de aço e no número de contratos de exportação pode levar a uma redução significativa na produção das empresas brasileiras, alertam economistas. Os Estados Unidos são um dos principais destinos para as exportações de ferro e aço do Brasil, representando quase metade das vendas desse setor. O impacto das tarifas impostas por Trump pode encarecer os produtos brasileiros no mercado americano, afetando diretamente a competitividade das siderúrgicas nacionais e causando uma queda nas exportações, estimada entre 30% a 50%. Esse cenário poderá resultar em menos empregos no setor e um aumento da inflação interna, já que a redução da produção doméstica elevaria os preços.
O Brasil é o segundo maior fornecedor de ferro e aço para os Estados Unidos, com exportações de aproximadamente US$ 13 bilhões em 2024, sendo os americanos responsáveis por 45% dessas compras. A instabilidade causada por tarifas elevadas também afeta as exportações de alumínio, com os Estados Unidos ocupando o segundo lugar como comprador do Brasil. Para os economistas, essa diminuição nas vendas poderá gerar um impacto negativo nas fábricas brasileiras e na economia como um todo, uma vez que o setor gera centenas de milhares de empregos, sendo crucial para a indústria nacional.
A perspectiva, no entanto, não é totalmente negativa. Segundo especialistas, mercados emergentes como a Índia podem representar uma nova oportunidade para o Brasil, já que o aço continua sendo um material essencial para o desenvolvimento global. Além disso, uma maior aproximação comercial com a Europa, África do Sul e Austrália também é considerada uma estratégia viável para o Brasil diversificar seus parceiros e reduzir a dependência do mercado americano. Para os economistas, o desafio está em equilibrar os impactos negativos da taxação com as possibilidades de expandir para novos mercados.