Uma pesquisa recente do Datafolha revelou uma queda acentuada na aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que atingiu 24%, o menor índice de seus três mandatos. O resultado teve um impacto imediato no mercado financeiro brasileiro, com a intensificação da queda do dólar e uma alta significativa no Ibovespa. A pesquisa mostrou que até mesmo setores tradicionalmente favoráveis ao presidente, como o Nordeste e a população de baixa renda, foram afetados, indicando que fatores além da inflação podem estar influenciando a opinião pública.
A economista Solange Srour alertou para a possibilidade de o governo adotar medidas expansionistas de curto prazo para tentar recuperar a popularidade, o que poderia comprometer ainda mais a credibilidade fiscal do país. O cenário se complica com a proximidade das eleições de 2026, que pressionam o governo a buscar soluções políticas e econômicas que atendam a demandas populares. A incerteza sobre o rumo da política econômica e fiscal tem gerado volatilidade no mercado, com investidores acompanhando de perto as mudanças.
Apesar da reação do mercado, que tende a valorizar sinais de controle fiscal, Srour considera prematuro prever mudanças significativas na política econômica ou no cenário eleitoral. A volatilidade deve persistir até as próximas eleições presidenciais, com investidores atentos aos desdobramentos das pesquisas de popularidade e as decisões políticas que possam afetar a economia. O cenário permanece instável, com a necessidade de monitorar a situação de perto.