O presidente russo, Vladimir Putin, expressou críticas contundentes à exclusão da Rússia das comemorações pelos 80 anos da libertação de Auschwitz, destacando que a União Soviética desempenhou um papel crucial na libertação dos campos de extermínio nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Durante uma entrevista à televisão estatal russa, Putin afirmou que não convidar os familiares dos soldados soviéticos que participaram das libertações foi um “ato vergonhoso”, pois isso desconsidera a contribuição significativa da União Soviética na derrota do regime nazista.
O evento, que contou com a presença de líderes de várias nações, como o chanceler alemão Olaf Scholz e o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy, ocorreu na Polônia e marcou os 80 anos da libertação do campo de Auschwitz pelas tropas soviéticas. A Rússia foi deliberadamente excluída das celebrações devido à atual guerra na Ucrânia. Putin reforçou que, se a presença dos veteranos fosse inviável por questões de saúde, ao menos as famílias dos soldados poderiam ter sido convidadas, como forma de reconhecimento pelo sacrifício feito.
A libertação dos campos de concentração, como Auschwitz e outros em território europeu, resultou na salvação de milhares de pessoas, principalmente judeus, que estavam sendo exterminados pelos nazistas. Em sua crítica, Putin destacou a importância histórica das forças soviéticas no fim do holocausto, ao lado das tropas dos Estados Unidos e do Reino Unido, e enfatizou que a exclusão da Rússia dessas memórias históricas era uma atitude insensível.