O diretório nacional do PT decidiu, em reunião realizada nesta segunda-feira (17), revogar uma cláusula do estatuto do partido que impedia a reeleição de parlamentares por mais de três mandatos consecutivos. A mudança, aprovada pela corrente majoritária “Construindo Um Novo Brasil” (CNB), passará a valer inicialmente para as eleições de 2026, visando possibilitar candidaturas mais competitivas dentro do cenário político atual. A decisão gerou controvérsia, com correntes minoritárias do partido argumentando que a alteração dificultaria a renovação política.
A alteração no estatuto também abre caminho para que dirigentes possam se reeleger por mais de três mandatos consecutivos nas instâncias federal, estadual e municipal do partido. Além disso, o PT definiu regras para as eleições internas, que ocorrerão em 6 de julho, com o objetivo de renovar a liderança da sigla em todo o país. A eleição para presidente nacional do PT terá candidaturas entre 10 de março e 19 de maio de 2025, com a possibilidade de segundo turno em julho caso nenhum candidato obtenha mais de 50% dos votos válidos.
A medida é parte de uma série de mudanças no partido, que também incluiu a definição de um regulamento para as eleições diretas para a presidência da sigla. O novo líder eleito tomará posse em agosto, com mandato de quatro anos. A decisão de alterar o estatuto foi vista por membros da CNB como uma forma de adaptar o partido às novas exigências políticas do Brasil, especialmente no Congresso, embora tenha gerado debates sobre o impacto nas futuras gerações de líderes.