O presidente do PSDB, Marconi Perillo, anunciou um recuo nas negociações sobre uma possível fusão ou incorporação do partido a outras legendas, como o PSD e o MDB. Inicialmente, havia a previsão de uma decisão até março, mas Perillo optou por aguardar mais tempo para evitar uma movimentação precipitada. O PSDB tem sido pressionado pela cláusula de desempenho, que se tornará mais rígida nas eleições de 2026, e busca alternativas para manter sua relevância, como a formação de alianças estratégicas com partidos do centro democrático.
As discussões com o PSD estavam mais avançadas, mas o presidente da sigla, Gilberto Kassab, rejeitou a ideia de fusão e sugeriu a incorporação do PSDB, o que resultaria no fim da legenda. Essa proposta gerou resistência interna, especialmente de figuras como Aécio Neves, que teme a perda de espaço político em Minas Gerais. Perillo, por sua vez, também descartou uma fusão com o MDB, já que a sigla conta com Daniel Vilela, atual vice-governador de Goiás, que também almeja o governo do estado.
Apesar das negociações frustradas, Perillo afirmou que o PSDB não desaparecerá e continuará buscando parcerias com outras siglas para fortalecer sua posição nas próximas eleições. O partido estuda manter sua federação com o Cidadania ou ampliar suas alianças com outros partidos do centro democrático. Além disso, Perillo indicou que o PSDB terá um candidato à Presidência em 2026, visando apresentar uma alternativa democrática e programática para o país.