O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, afirmou que o PSDB deve continuar o diálogo com outros partidos para avaliar possibilidades de fusão ou incorporação, visando apresentar alternativas à polarização política no Brasil. A proposta seria criar uma força política no centro democrático que possa representar uma opção para as eleições de 2026, à parte das figuras dominantes, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Leite fez a declaração após reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, em Brasília.
O PSDB já havia explorado conversas com o MDB e o PSD sobre uma possível fusão ou incorporação, mas essas tratativas foram interrompidas por decisões internas do partido. A principal motivação para essas discussões é buscar uma estratégia para reverter as derrotas eleitorais recentes e manter a relevância política da sigla. Leite destacou que, se ocorrer qualquer fusão ou mudança, os princípios históricos do PSDB, como a visão liberal para a economia, a melhoria social e o combate à violência, devem ser preservados.
No contexto das leis partidárias, existem três formas de reorganização: fusão, incorporação e federação. A fusão resulta na criação de um novo partido, enquanto a incorporação ocorre quando um partido se une a outro já existente. A federação, por sua vez, permite que diferentes partidos atuem como um único grupo político sem que suas siglas sejam extintas, com validade de quatro anos.