No último sábado (8), o presidente do Corinthians, Augusto Melo, e seus apoiadores se reuniram no Parque São Jorge para um protesto contra declarações de um ex-dirigente do clube. O protesto foi uma resposta a falas atribuídas ao ex-presidente Mário Gobbi, que criticou a presença de sócios de classes mais baixas no clube, utilizando termos considerados depreciativos. Durante a manifestação, os participantes vestiram chinelos, simbolizando a crítica ao discurso classista, e exibiram camisetas com frases como “Time no Povo” e “Seus chinelos são bem-vindos”.
A polêmica começou após a divulgação de uma reunião do Conselho de Orientação do Corinthians, onde Gobbi teria se referido de maneira negativa à frequência de alguns sócios no clube, dizendo que a presença de pessoas usando “chinelo havaiana” representava um “baixo nível”. Essa fala gerou revolta entre os membros do clube, que passaram a se posicionar contra a postura do ex-dirigente. Em nota, Gobbi reconheceu que a escolha das palavras não foi adequada, embora tenha criticado a forma como sua fala foi manipulada.
O episódio gerou um ambiente de forte divisão dentro do clube. Enquanto o atual presidente e seus apoiadores defendem a inclusão e a diversidade no Corinthians, a fala de Gobbi gerou um debate sobre o que seria o perfil desejado para os frequentadores do clube. A manifestação no Parque São Jorge foi uma forma de reafirmar os valores de abertura e respeito à diversidade, contrastando com o discurso que foi interpretado como excludente e elitista.