Durante uma coletiva de imprensa com o Primeiro-Ministro de Israel, o presidente dos Estados Unidos sugeriu que o país assumisse a posse da Faixa de Gaza, com a intenção de reconstruí-la e desenvolver a região. Trump mencionou a ideia de transformar Gaza em um destino turístico, comparando-a com a Riviera do Mediterrâneo. No entanto, essa proposta gerou controvérsias, especialmente porque implicaria na realocação permanente de mais de dois milhões de palestinos que vivem na região há gerações.
O plano foi discutido em um momento delicado, com a região tentando manter um frágil cessar-fogo e com a crescente pressão sobre o Hamas para liberar reféns israelenses. O projeto também ignora a histórica disputa sobre a posse da terra, que é um dos principais fatores do conflito. A proposta de Trump foi recebida com cautela, com autoridades israelenses manifestando que vale a pena considerar a ideia, embora com muitas incertezas.
O secretário de segurança nacional dos EUA destacou as dificuldades enfrentadas para reconstruir Gaza, mencionando que o processo pode levar de 10 a 15 anos devido à destruição em larga escala e à presença de explosivos não detonados. Além disso, o plano contraria a posição de países vizinhos como o Egito e a Jordânia, que defendem o retorno dos palestinos às suas casas, sem um deslocamento permanente. O futuro de Gaza continua incerto, enquanto diferentes interesses internacionais e regionais permanecem em jogo.