O presidente dos Estados Unidos, em uma declaração feita no dia 4 de fevereiro, sugeriu que os EUA assumiriam o controle da Faixa de Gaza, retirando os dois milhões de palestinos da região e transferindo-os para outros países. Ele ainda afirmou que transformaria o território, que foi severamente afetado pela guerra entre Israel e o Hamas, em uma área próspera e moderna, comparável à Riviera do Oriente Médio. Esta proposta foi amplamente criticada, sendo interpretada como uma violação de normas internacionais e um possível impulso para uma limpeza étnica.
Comentaristas e analistas políticos apontaram as implicações graves dessa fala. Guga Chacra, por exemplo, afirmou que a remoção forçada da população palestina configuraria um crime contra a humanidade. Marcelo Lins ressaltou a desumanização dos palestinos, ao desconsiderar sua presença e as condições em que vivem. Para ele, o discurso de Trump também ignora as leis internacionais que regem o tratamento de populações deslocadas.
Fernando Abrucio, analista político, sugeriu que a declaração poderia ser apenas uma jogada de retórica, mas caso seja levada a sério, traria uma instabilidade política e econômica significativa para o Oriente Médio e o mundo. Ronilso Pacheco, do Instituto de Estudos da Religião, ressaltou que, mesmo sendo uma declaração imprecisa, ela tem impacto e pode desarranjar a geopolítica global. O debate gerado pela fala de Trump evidenciou a complexidade e a sensibilidade das questões envolvendo a região.