A recente proposta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de assumir o controle da Faixa de Gaza e realocar os 2,2 milhões de palestinos que vivem na região foi prontamente rejeitada por diversos aliados e adversários do país. Durante uma coletiva de imprensa ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, Trump sugeriu a possibilidade de transferir os habitantes da Faixa de Gaza para outro local, uma ideia que foi amplamente criticada por países como Egito, Jordânia, Arábia Saudita e Austrália, além de outros aliados no Oriente Médio e na região Ásia-Pacífico.
A Arábia Saudita reafirmou sua posição em favor da criação de um Estado palestino independente, enquanto a Austrália destacou seu apoio à solução de dois Estados no Oriente Médio. Em reação à proposta, o grupo Hamas, responsável por iniciar o conflito em Gaza com a invasão de Israel em outubro de 2023, classificou a sugestão de Trump como uma medida que poderia gerar ainda mais caos e tensão na região. Organizações de direitos humanos também compararam a ideia à prática de limpeza étnica, devido ao impacto potencial sobre a população palestina.
Nos Estados Unidos, membros da oposição criticaram duramente as declarações de Trump. Líderes como o senador democrata Chris Coons e a deputada Rashida Tlaib condenaram a proposta, acusando Trump de promover uma solução insustentável e perigosa para o conflito. A proposta gerou um debate acalorado sobre as implicações de tais medidas e os direitos da população palestina, colocando o governo dos EUA sob pressão internacional.