A proposta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de assumir o controle da Faixa de Gaza gerou controvérsias e divisão entre os membros do Partido Republicano. Durante uma reunião com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, Trump sugeriu que os EUA assumissem o controle do território, o que foi criticado por vários congressistas, que questionaram a viabilidade da ideia e a conveniência de enviar tropas para uma região já devastada pela guerra. Alguns parlamentares, como o senador Rand Paul, expressaram oposição, ressaltando que a prioridade deveria ser o bem-estar dos americanos e o uso responsável dos recursos do país.
Embora a proposta tenha sido amplamente rejeitada, alguns membros do Partido Republicano, como o presidente da Câmara dos Deputados, Mike Johnson, demonstraram apoio, considerando-a uma ação ousada e necessária para garantir a paz na região. O debate interno gerou ainda mais confusão, com figuras como os senadores Jerry Moran e Lisa Murkowski se mostrando céticos em relação à solução proposta. Além disso, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, tentou esclarecer que a retirada dos palestinos seria temporária, uma declaração em desacordo com as palavras de Trump, o que aumentou a incerteza sobre os planos do governo.
Pesquisas de opinião pública indicam que a proposta de Trump não tem o apoio majoritário, nem mesmo entre os eleitores republicanos, com apenas 15% dos republicanos apoiando o uso de força militar para expandir os territórios dos EUA. Enquanto alguns representantes, como o deputado Tim Burchett, veem uma oportunidade de desenvolvimento econômico na região, outros, como o líder da maioria no Senado, Jon Thune, enfatizam a necessidade de um exame detalhado das ideias antes de qualquer ação. A proposta de Trump, que se distoa de sua campanha pela redução de conflitos no exterior, continua a gerar debate sobre o futuro dos Estados Unidos no Oriente Médio.