A proposta de emenda à Constituição (PEC) que visa reduzir a idade mínima para candidatos ao Senado e à Presidência da República ainda não foi protocolada, mas já está gerando controvérsias. O projeto, articulado pelo deputado federal Eros Biondini, propõe diminuir de 35 para 30 anos a idade mínima para disputar tais cargos, além de outras reduções para funções como governadores, deputados e prefeitos. A ideia, que ainda precisa de mais apoio na Câmara, tem causado discussões intensas nos bastidores.
A mudança é vista com resistência tanto por membros da base governista quanto pela oposição. Líderes políticos questionam a proposta, argumentando que cargos como o de senador exigem mais experiência, tanto profissional quanto de vida, para a tomada de decisões cruciais. A proposta também é criticada por ser encarada como uma medida populista, sem foco em mudanças estruturais e sem considerar a formação e o preparo dos candidatos.
O projeto, que busca abrir espaço para políticos mais jovens, também tem seu apoio entre alguns representantes dessa faixa etária, como o deputado Nikolas Ferreira e o prefeito João Campos. No entanto, especialistas alertam para a necessidade de despersonalizar a proposta para evitar que ela seja associada a interesses pessoais e para garantir seu avanço. A PEC deve seguir para o Senado se conseguir as assinaturas necessárias na Câmara, mas seu caminho legislativo ainda é incerto.