O plano de paz proposto pelos Estados Unidos e Israel, liderado pelo ex-presidente norte-americano, gerou forte reação internacional. A proposta inclui a manutenção de Jerusalém como capital exclusiva de Israel, além de uma divisão territorial que não foi discutida com representantes palestinos. A proposta prevê um novo Estado Palestino com territórios contíguos à Faixa de Gaza, mas com sérias restrições à mobilidade e ao direito de retorno dos palestinos deslocados. Este plano foi amplamente rejeitado pelos líderes palestinos, que consideraram a medida uma tentativa de imposição unilateral.
A proposta inclui a criação de uma infraestrutura para um Estado Palestino no futuro, com novos territórios destinados à agricultura e à tecnologia, e até a construção de um túnel conectando a Cisjordânia à Faixa de Gaza. No entanto, o controle do Vale do Jordão e os assentamentos israelenses na Cisjordânia continuariam sendo de Israel. Em contrapartida, o plano de paz exige a remoção forçada de habitantes de Gaza, o que foi amplamente criticado como uma forma de limpeza étnica, potencialmente configurando um crime contra a humanidade, conforme a legislação internacional.
A solução de dois Estados proposta remonta à ideia da ONU de 1947, que nunca foi implementada devido a complicações na divisão de Jerusalém e ao controle de territórios. Desde a Guerra de 1967, Israel tem expandido assentamentos nos territórios palestinos, dificultando ainda mais qualquer acordo de paz. As tensões continuam a crescer, com ações militares israelenses em territórios da Cisjordânia e a persistente resistência palestina, mantendo o conflito como um dos mais complexos da história recente.