O Pronto-Socorro do Hospital São Paulo, fechado em 2022 para uma reforma inicialmente prevista para durar quatro meses, já está em obras há mais de 31 meses. A assessoria do hospital informou que, embora as obras estejam na fase final, ainda não há uma data definida para a reabertura do serviço. O atraso foi causado por danos imprevistos nos pilares de sustentação, provocados por infestação de cupins, além da necessidade de reconstrução de infraestrutura, como redes elétrica e hidráulica, pisos e tetos, devido à degradação do prédio original, que data dos anos 60.
A reforma do Pronto-Socorro envolve uma área de 3.252 m² e está focada em adequar as instalações às normas exigidas para unidades de saúde, como a separação dos fluxos de atendimento infantil e adulto. O hospital, que antes recebia mais de 100 mil atendimentos por ano, viu uma queda de 42% nas demandas entre 2018 e 2022. Nesse período, a população foi orientada a buscar atendimento nas UPAs da região, que, apesar de sobrecarregadas, têm capacidade para realizar até 15 mil atendimentos mensais.
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) já repassou R$ 7,7 milhões para a reforma, e o governo do estado de São Paulo liberou R$ 8 milhões para o projeto, com os recursos sendo liberados conforme o andamento das obras. Embora o atendimento no Pronto-Socorro continue suspenso, outras áreas do hospital seguem funcionando normalmente, com pacientes graves sendo atendidos por meio do sistema de regulação. A expectativa da população é que o serviço seja restabelecido o mais breve possível, visto que a reforma já se arrasta por mais de três anos.