O Projeto Phoenix, lançado em 1995 pelo Instituto SETI, marcou o início de uma das buscas mais abrangentes por sinais de vida em outras galáxias. Utilizando o radiotelescópio Murriyang, localizado no Observatório Parkes, na Austrália, a iniciativa visava detectar techno-assinaturas, sinais de rádio que poderiam ser emitidos por civilizações avançadas. Apesar dos desafios financeiros e de ceticismo, o projeto foi possível graças a doações privadas, após o corte de orçamento do SETI pela NASA e o Congresso dos Estados Unidos. A primeira observação oficial foi feita no início de fevereiro de 1995, quando o telescópio apontou para uma estrela localizada a 49 anos-luz da Terra.
Durante as 16 semanas de observações, a equipe do Projeto Phoenix analisou mais de 200 estrelas e detectou milhares de sinais, dos quais 39 passaram por uma triagem inicial, sendo posteriormente identificados como interferências de satélites. O projeto, liderado por Jill Tarter, conseguiu uma grande contribuição tecnológica, utilizando equipamentos de ponta para processar dados em tempo real, apesar de alguns imprevistos, como interferências causadas por mariposas locais. Embora não tenha encontrado evidências de inteligência extraterrestre, a operação foi considerada um sucesso logístico e científico.
Após o término do Projeto Phoenix em 2004, os esforços de busca por vida alienígena continuaram, com novos projetos, como o Breakthrough Listen, iniciado em 2015. Novos radiotelescópios, como o SKA-Low e o SKA-Mid, em construção na Austrália e na África do Sul, prometem avanços significativos na sensibilidade e capacidade de detecção. Esses novos telescópios visam ampliar a busca e responder a uma das questões mais antigas da humanidade: estamos sozinhos no universo?