O caramujo africano (Achatina fulica) é uma espécie invasora que causa prejuízos à agricultura e pode transmitir doenças. No Brasil, especialmente no Amapá, o controle da praga tem sido intensificado através do projeto Caramujo Africano, que inclui a capacitação de docentes de Moçambique. A iniciativa tem como objetivo ensinar métodos adequados de manejo e controle da espécie, que, em algumas regiões de Moçambique, é utilizada como alimento. O projeto oferece treinamento a agricultores e educadores, visando a disseminação dessas práticas em suas comunidades.
Durante a capacitação, foi abordada a maneira correta de lidar com os caramujos, incluindo o uso de cal virgem para exterminá-los e evitar a contaminação do solo. Além disso, orientações sobre o cuidado ao manusear a praga, a prevenção de doenças transmitidas por ela e boas práticas de higiene, como o uso de soluções desinfetantes para alimentos, foram fornecidas. A presença do caramujo é mais notável durante o inverno, quando o ambiente se torna propício à sua reprodução devido à umidade e à abundância de alimentos.
Os caramujos africanos podem hospedar doenças como meningite e angiostrongilíase abdominal, além de serem vetores de zoonoses. No Amapá, o projeto já alcançou 40 agricultores com orientações sobre como lidar com a praga, enquanto os pesquisadores continuam investigando suas implicações para a saúde pública e a agricultura. A colaboração internacional entre o Brasil e Moçambique reforça a troca de conhecimentos e a busca por soluções eficazes para o controle desse molusco invasor.