A vacinação, ao lado de melhorias em saneamento, água potável e nutrição, tem sido um dos maiores responsáveis pela queda na mortalidade infantil, que diminuiu em 59% entre 1990 e 2022. A partir de 1974, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou o Programa Expandido de Imunização, que visava proteger crianças contra doenças como varíola, tuberculose, poliomielite e sarampo. Desde então, o programa se expandiu para incluir mais patógenos e tem sido essencial na redução da mortalidade infantil, salvando mais de 150 milhões de vidas, principalmente de recém-nascidos.
Em 2000, surgiu a Aliança Global para Vacinas e Imunização (Gavi), uma organização público-privada que apoia financeiramente e tecnicamente a vacinação em países mais pobres. A Gavi também trabalha para negociar com fabricantes a redução de custos, permitindo que mais crianças tenham acesso a vacinas essenciais. Esse esforço tem sido vital para o progresso em saúde global, permitindo que milhões de crianças recebam imunizações, protegendo-as contra doenças potencialmente fatais.
Contudo, o futuro desses programas está em risco, pois os Estados Unidos reduziram seu financiamento para iniciativas de imunização, enquanto o Reino Unido também está considerando cortes em seus investimentos. Esses ajustes orçamentários podem impactar gravemente os esforços globais em saúde pública, colocando em risco as vitórias conquistadas ao longo das últimas décadas, e afetando negativamente as populações mais vulneráveis que dependem desses recursos.