Os professores da rede municipal de ensino de Teresina decidiram continuar em greve após assembleia realizada nesta terça-feira (18) em frente à Câmara Municipal. A greve, que teve início no dia 17 de fevereiro, ocorre devido à reivindicação de um reajuste salarial de 22,07%, que é consideravelmente maior do que os 6,5% oferecidos pela Prefeitura de Teresina. O coordenador-geral do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina (Sindserm), Sinésio Soares, afirmou que a paralisação prosseguirá até que os educadores sejam recebidos pelo prefeito para discutir a questão.
A Prefeitura, por sua vez, justifica a oferta do aumento de 6,5% devido a restrições fiscais, mas o sindicato argumenta que a administração municipal pode conceder o reajuste completo com base nos repasses do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), que teve um aumento significativo em janeiro de 2025. Soares também mencionou que a Constituição Federal exige um mínimo de 25% da receita dos estados e municípios para a educação, indicando que esses recursos poderiam ser usados para financiar o aumento pleiteado.
O secretário de Administração de Teresina, Marcos Elvas, explicou que o impacto financeiro do aumento proposto pela Prefeitura seria de R$ 63 milhões anuais, considerando tanto o reajuste salarial quanto a convocação de novos professores. Ele reiterou que, devido à situação fiscal da cidade, a Prefeitura acredita ser impossível atender ao valor solicitado pelo sindicato. A expectativa agora é que as negociações sigam com o apoio da Câmara Municipal, que já recebeu os professores para buscar uma solução para o impasse.