Com as novas ondas de calor pelo Brasil, a produção de ar-condicionado deve registrar um crescimento de 15% em 2025. Apesar do aumento na demanda, o setor ainda enfrentará desafios significativos, como a alta dos juros, a escassez de mão de obra qualificada e a restrição de crédito para as famílias. A previsão é que a produção mensal de unidades seja de cerca de 240 mil aparelhos, embora ainda não exista uma estimativa concreta de vendas.
Em 2024, a produção de ar-condicionado tipo split superou 6 milhões de unidades, um crescimento superior a 50% em relação ao ano anterior. Esse aumento ocorreu após um desequilíbrio entre oferta e demanda que levou a um aumento de 25,7% nos preços, especialmente durante a onda de calor intensa. No entanto, a expectativa para 2025 é que o setor seja impactado pela dificuldade em obter crédito e pela falta de profissionais para instalação dos aparelhos, principalmente durante os períodos de pico de demanda.
Embora os preços dos aparelhos tenham caído 6,4% em janeiro de 2025 em comparação com o ano passado, devido à alta oferta e baixa na demanda, a previsão é que a busca por ar-condicionado e ventiladores aumente com a continuidade das altas temperaturas. A Fipe prevê que a demanda por esses produtos cresça ainda mais conforme o verão avança, com sensação térmica que pode ultrapassar os 70°C entre os dias 12 e 21 de fevereiro.