A Procuradoria Geral da República (PGR) solicitou, na sexta-feira (31.jan.2025), a condenação de uma deputada federal e um hacker pelos crimes de invasão de sistema informático e falsidade ideológica. Ambos estão sendo investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) devido à suspeita de envolvimento na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A PGR destacou a gravidade das condutas, que afetaram a segurança e a inviolabilidade de dados sensíveis e do Poder Judiciário. A acusação também reiterou o pedido de cassação do mandato da deputada, que segue sendo ré na investigação.
Em 2024, a Polícia Federal indiciou os envolvidos por suspeita de participação na invasão de sistemas do Judiciário com o objetivo de falsificar documentos, como mandados de prisão e alvarás de soltura, para prejudicar um ministro do STF. A defesa de um dos acusados alegou que a deputada teria pago uma quantia significativa para a realização da invasão, o que é negado por ela. Durante um depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) em 2023, o hacker reiterou que a deputada teria solicitado o ataque, e mencionou uma possível promessa de anistia feita por um ex-presidente.
Em um caso separado, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) cassou o mandato da deputada na quinta-feira (30.jan.2025), devido a acusações de abuso de poder político e disseminação de fake news nas eleições de 2022. Embora a decisão ainda não tenha efeito imediato e ela continue no cargo, a deputada foi declarada inelegível por oito anos, com direito a recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).