A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou a condenação de uma deputada federal e um hacker por crimes relacionados à invasão de sistemas eletrônicos e falsidade ideológica. As acusações envolvem a invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a criação de um mandado de prisão falso contra um ministro do Supremo Tribunal Federal. A PGR argumenta que a deputada teria buscado desmoralizar a Justiça, enquanto o hacker admitiu sua participação a pedido da parlamentar. Ambos são acusados de envolverem-se em um esquema para prejudicar a imagem das instituições.
O procurador-geral Paulo Gonet pediu que a pena seja aumentada caso a invasão resulte em danos financeiros. A PGR apresenta evidências, como conversas e documentos, que indicam uma possível colaboração entre os acusados. Em defesa, a deputada nega envolvimento nos crimes e questiona a credibilidade das declarações do hacker. Além disso, seus advogados argumentam que ela já contava com uma empresa para gerenciar suas redes sociais, o que tornaria incoerente a contratação do hacker.
A investigação também revelou que a deputada possuía arquivos relacionados a mandados falsos, incluindo ordens de prisão e quebra de sigilo bancário. Apesar da negação de envolvimento, a PGR afirma que o depoimento do hacker é consistente com as provas coletadas. O caso continua sendo analisado, com a expectativa de que novas informações possam surgir conforme o andamento do processo.