A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou a condenação de uma deputada federal e um hacker, acusados de envolvimento em uma invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Segundo a PGR, ambos teriam criado e disseminado um mandado de prisão falso contra um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), atribuindo a assinatura ao próprio magistrado e inserindo o documento no Banco Nacional de Mandados de Prisão. A PGR argumenta que o objetivo era desacreditar o Judiciário e obter vantagens políticas. Além disso, foram encontrados arquivos falsificados, incluindo a ordem de prisão, em dispositivos de ambos os acusados, sugerindo a participação ativa da deputada.
Simultaneamente, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) cassou o mandato da deputada por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. A decisão, que a torna inelegível por oito anos, foi tomada por 5 votos a 2. A deputada recorreu da sentença, classificando-a como parte de uma perseguição política. A acusação baseou-se em alegações de que ela teria promovido informações fraudulentas e incitado hostilidade contra o sistema eleitoral e o Judiciário, especialmente no período eleitoral.
Apesar da decisão do TRE-SP, a deputada continua no cargo até o julgamento de seus recursos nas instâncias superiores. O caso, que também envolveu uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral movida por uma colega parlamentar, está em curso e reflete o acirramento das tensões políticas no Brasil. As acusações e a cassação são vistas por alguns como um reflexo das divisões políticas no país, com a deputada defendendo que está sendo alvo de uma tentativa de silenciar seus eleitores.