A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma denúncia que envolve 34 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, por supostos atos que teriam prejudicado o Estado Democrático de Direito. O documento aponta que Bolsonaro acreditava que a aprovação da chamada “PEC da Bondade”, que aumentou benefícios sociais, garantiria 70% dos votos nas eleições de 2022. Durante uma reunião com ministros e comandantes militares em julho de 2022, Bolsonaro teria declarado que um resultado inferior a essa porcentagem indicaria fraude no sistema eleitoral.
A PGR também destaca que, além de articular estratégias para fortalecer sua candidatura, o ex-presidente teria incentivado ataques ao processo eleitoral e ao sistema das urnas eletrônicas. A acusação sugere que Bolsonaro e membros de seu governo promoveram uma campanha para enfraquecer as instituições democráticas, alimentando desconfiança sobre a integridade das eleições. A reunião, segundo a denúncia, serviu para reforçar essa narrativa e envolver aliados no discurso contra o sistema eleitoral.
Agora, o STF dará continuidade à investigação, com o ministro Alexandre de Moraes sendo o responsável por analisar as defesas e contestações dos acusados. Caso o processo avance, a Primeira Turma do Supremo decidirá sobre a formalização das acusações e o início de um julgamento. A PGR continua sua análise sobre a suposta trama que teria como objetivo desestabilizar a democracia e garantir uma reeleição por meios questionáveis.