A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou uma denúncia detalhando a existência de uma operação clandestina, conhecida como ‘Abin Paralela’, que visava enfraquecer as instituições democráticas por meio de espionagem e disseminação de desinformação. O sistema ilegal, chamado First Mile, foi utilizado para monitorar autoridades e criar dossiês falsos, atacando figuras do Judiciário, Legislativo, além de jornalistas e servidores públicos. A denúncia foi encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF), e um inquérito foi aberto pela Polícia Federal.
As ações da ‘Abin Paralela’ teriam intensificado a hostilidade contra as instituições, como explicou o procurador-geral. De acordo com ele, tais práticas comprometeram o funcionamento democrático ao gerar um ambiente de desconfiança e animosidade social. As investigações revelaram que a ferramenta utilizada operava por meio da troca de dados entre celulares e antenas, permitindo o rastreamento de alvos específicos de forma precisa.
Além de criar e espalhar informações falsas, o sistema também foi usado para o monitoramento clandestino de autoridades, o que gerou um quadro de vigilância ilegal. A denúncia implicou também figuras chave que teriam contribuído para o esquema, associando-os diretamente aos atos clandestinos de espionagem e ataques. A investigação continua com o objetivo de esclarecer a amplitude e as responsabilidades relacionadas à operação.