A Procuradoria Regional Eleitoral de Goiás, vinculada ao Ministério Público Eleitoral (MPE), se posicionou a favor da reversão da condenação de um político estadual por abuso de poder político, em decisão de 10 de fevereiro de 2025. A Justiça Eleitoral havia determinado sua inelegibilidade por oito anos, alegando que ele teria utilizado sua posição para beneficiar outros candidatos nas eleições municipais de Goiânia em 2024. Além dele, os outros envolvidos também tiveram a inelegibilidade determinada pelo Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO).
O caso envolve a realização de eventos no Palácio das Esmeraldas, onde o político teria promovido encontros com líderes locais logo após o primeiro turno da eleição, buscando apoio para seus aliados. A acusação central é de que os eventos poderiam ter influenciado o resultado eleitoral, criando desequilíbrio entre os candidatos. No entanto, o MPE reconheceu que, apesar do desequilíbrio gerado, as sanções aplicadas foram desproporcionais, pois os encontros ocorreram a portas fechadas, sem divulgação pública ou gastos comprovados.
Embora o procurador regional eleitoral tenha considerado as condutas reprováveis, ele argumentou que as ações não foram graves o suficiente para comprometer a legitimidade do pleito. O parecer sugere a manutenção da multa, mas a revisão das medidas mais severas, como a cassação do mandato e a inelegibilidade, que são vistas como excessivas diante das circunstâncias. A decisão final sobre a revisão do caso ainda está pendente.