O procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresentou denúncia contra o ex-presidente, acusando-o de ser o líder de uma organização criminosa responsável por planejar um golpe de Estado em 2022, com o objetivo de manter o ex-mandatário no poder após uma possível derrota nas urnas. A acusação destaca que a organização foi formada por integrantes de diversas esferas do governo, com uma forte influência militar, e que as ações começaram em 2021, quando começaram as críticas ao sistema eleitoral brasileiro e à legitimidade das urnas eletrônicas. Segundo a denúncia, as ações se intensificaram em 2022, culminando na tentativa de deslegitimar os resultados das eleições.
O plano de golpe teria se concretizado através de ações que buscavam criar um clima de instabilidade política, incluindo desinformação sobre a integridade do processo eleitoral e mobilizações para interferir nas decisões das autoridades competentes. A denúncia aponta que, apesar da execução do plano ser frustrada pela falta de apoio das Forças Armadas, o grupo envolvido teria continuado a disseminar a narrativa de fraude eleitoral, com o intuito de mobilizar a população e pressionar as Forças Armadas a intervir.
Além da denúncia, a Polícia Federal também concluiu investigações que apontam evidências claras de envolvimento de diversos indivíduos, incluindo membros de alto escalão do governo, em ações que visavam derrubar o regime democrático. A operação culminou em prisões e a inclusão de várias pessoas na lista de indiciados. Agora, o Supremo Tribunal Federal deve analisar a denúncia, e os acusados terão 15 dias para apresentar suas defesas antes do julgamento final, que poderá determinar novas investigações ou o encaminhamento de parte do processo à primeira instância.