O procurador-geral da República, Paulo Gonet, manifestou-se no Supremo Tribunal Federal (STF) em defesa da condenação de ex-integrantes da cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) por omissão no enfrentamento aos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. A acusação baseia-se na alegação de que os comandantes da PMDF ignoraram informações de inteligência sobre possíveis ataques aos Três Poderes, o que resultou em falhas no planejamento para conter a invasão e os confrontos violentos.
Gonet apresentou as alegações finais na ação penal, solicitando que os réus, incluindo coronéis, um major e um tenente, sejam condenados à prisão e à perda de seus cargos na corporação. A acusação inclui crimes como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e violação de normas internas da PMDF. A PGR afirma que os comandantes sabiam dos riscos iminentes, mas falharam em tomar medidas adequadas para prevenir os atentados.
Agora, o relator do processo, ministro Alexandre de Moraes, analisará as alegações finais da PGR e das defesas, com o caso sendo liberado para julgamento em uma data ainda indefinida. A reportagem busca posicionamento das defesas dos réus, e o espaço está aberto para manifestações dos envolvidos.