O autor, ex-agente prisional, descreve sua experiência em unidades de segregação de prisões, onde presos com doenças mentais agudas são muitas vezes mantidos em condições inadequadas. Ele relata como, durante seu tempo de trabalho, era comum abrir portas de celas, mas um incidente em particular o marcou. Em uma ocasião, ele estava em uma equipe de segurança encarregada de transferir um prisioneiro mentalmente doente, que havia destruído sua cela e inundado com esgoto devido a delírios sobre uma possível intervenção cerebral. Este tipo de comportamento não é raro, refletindo o crescente problema de como as prisões lidam com internos que precisam de cuidados psiquiátricos especializados.
O texto aborda as dificuldades enfrentadas pelas prisões ao lidar com prisioneiros com doenças mentais graves. Esses indivíduos muitas vezes não deveriam estar em um ambiente prisional, mas devido à falta de recursos e estruturas adequadas, são mantidos em unidades de segregação. O autor descreve como essas unidades, embora desenhadas para prisioneiros que cometeram infrações graves, se tornam locais de confinamento para aqueles que necessitam de tratamento psiquiátrico. As condições em que são mantidos e as medidas de segurança em torno de sua transferência para hospitais especializados geram uma série de desafios.
Em 2024, um relatório do chefe dos inspetores prisionais apontou que os presídios enfrentam longos períodos de espera para transferir prisioneiros mentalmente doentes a hospitais de segurança. A média de espera chega a 85 dias, uma situação alarmante, pois esses indivíduos deveriam receber cuidados adequados fora do sistema prisional. A falta de uma solução eficiente para esse problema mostra a crescente pressão sobre o sistema carcerário e a necessidade urgente de reformas no tratamento de prisioneiros com transtornos mentais.