O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, anunciou que viajará à Ucrânia na próxima segunda-feira (24) para reforçar o apoio da Espanha à democracia ucraniana e ao presidente Volodymyr Zelensky. A visita ocorre em um momento delicado, após declarações do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que criticou Zelensky, chamando-o de ditador e sugerindo que a Ucrânia seria responsável pela invasão russa em 2022. A mudança na postura americana sobre a guerra tem gerado preocupações entre os aliados europeus, que temem que essa abordagem favoreça Moscou.
A guerra na Ucrânia, que começou em fevereiro de 2022 com a invasão russa, segue em um impasse, com intensificação das hostilidades nos últimos meses. A Rússia, que inicialmente obteve avanços rápidos, não conseguiu capturar Kiev, e a resistência ucraniana tem se mantido firme. Além disso, a utilização de mísseis hipersônicos pela Rússia e o envolvimento de tropas norte-coreanas no conflito intensificaram ainda mais as tensões internacionais. O Kremlin também tem insistido que atingirá seus objetivos na Ucrânia, apesar de não fornecer detalhes específicos.
Enquanto isso, as negociações para um possível acordo de paz têm sido um tema de debate, com os Estados Unidos se aproximando diretamente do Kremlin, sem a participação de Zelensky ou de seus aliados europeus. O governo ucraniano continua buscando apoio internacional, com a visita de Sánchez sendo um exemplo do comprometimento de nações europeias com a causa ucraniana, em contraste com as propostas de paz isoladas que surgem em Washington.