O primeiro mês de Donald Trump em seu segundo mandato à frente da Casa Branca, que se completa nesta quinta-feira (20), trouxe alívio aos mercados internacionais, impactando positivamente moedas em relação ao dólar. Durante sua campanha, Trump havia prometido tarifas de 10% a 20% para todas as importações dos Estados Unidos, com aumentos para países como China, México e Canadá. Contudo, um mês após sua posse, os anúncios sobre tarifas não se concretizaram como inicialmente previsto.
Trump impôs tarifas de 10% à China e de 25% ao México e ao Canadá, mas recuou quanto aos países vizinhos. Além disso, ele sinalizou taxações para setores específicos como aço, alumínio, automóveis e farmacêuticos. Essa falta de implementação imediata das tarifas fez com que os mercados reagissem positivamente, especialmente no Brasil, onde as incertezas sobre a política econômica de Trump diminuíram. De acordo com o Banco Central brasileiro, o impacto inicial foi favorável, com o real e outras moedas se valorizando frente ao dólar.
O dólar, que estava cotado a R$ 6,03 no dia da posse de Trump, abriu esta quinta-feira (20) em R$ 5,70, uma queda superior a 5%. Esse movimento de desvalorização do dólar ocorre em um período em que o cenário interno brasileiro não sofreu grandes mudanças. A expectativa de que a política tarifária de Trump causaria alta de preços nos Estados Unidos e uma consequente elevação dos juros pelo Federal Reserve, valorizando o dólar e desvalorizando outras moedas, não se concretizou, resultando em uma reversão das expectativas iniciais.